Tendências para os hospitais do futuro

Os avanços na tecnologia mudaram a maneira como os pacientes gerenciam seus próprios cuidados de saúde e interagem com seus responsáveis médicos:

Um dos exemplos mais palpáveis e que ganhou mais corpo em 2020, a telemedicina transformou a maneira como as consultas eram anteriormente realizadas. Auxiliando pacientes de localizações mais distantes e tornando a medicina mais acessível, o uso da tecnologia proporcionou à medicina um grande avanço, mesclando a análise de dados, a inteligência e a realidade virtual em uma só.

‘’A telemedicina está acontecendo diante dos nossos olhos’’, diz Fábio Tiepolo, CEO da DocWay, empresa brasileira referência em soluções de saúde digital para empresas.

Esta afirmação não poderia estar mais do que correta. Afinal, o uso da inteligência artificial substitui estruturas tradicionais, como o trabalho de jornalistas, e é capaz de escrever e publicar artigos de qualidade para conhecimento do público. Ao mesmo passo, a IA é capaz também de fornecer diagnósticos e auxiliar médicos na detecção de doenças muito mais rapidamente.

A junção da tecnologia junto a inteligência humana do médico durante o monitoramento do paciente levará à mais segurança, confiança e dados mais completos.

‘’A telemedicina oferece cuidado à vida humanizado aliado à inteligência tecnológica, melhorando a vida do paciente em sua jornada no sistema de saúde. A ideia dessa aliança é resgatar o conforto, praticidade e qualidade do atendimento, tudo de forma facilitada ao digital’’, relata Tiepolo.

Para melhorar a experiência do paciente, os profissionais poderão oferecer tratamento mais oportuno e especializado. Cirurgias ambulatoriais (as chamadas cirurgias de mesmo dia) são geralmente muito menos complexas, então, ao invés de serem realizadas no mesmo ambiente hospitalar tradicional, estes procedimentos serão oferecidos em centros de cirurgia ambulatorial.

Este tipo de atendimento ajudará na redução dos custos médicos gerais, transferindo serviços especializados para locais com foco único. Isto libera espaço e equipe em instituições médicas maiores, ao mesmo tempo em que oferece atendimento mais direcionado ao paciente nestas instituições. A qualidade do atendimento também será aprimorada, pois os especialistas poderão trabalhar em um ambiente focado em sua área de atuação.

Em estudo, o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde recolheu os principais pontos de insatisfação dos pacientes em relação ao sistema público de saúde brasileiro e determinou que a triagem - momento do qual o paciente chega ao hospital para atendimento - é um dos mais mais mencionados. Afinal, o desgaste da espera aumenta as chances de agravamento do problema.

O cenário ideal e pensado entre as tendências para os hospitais do futuro inclui o acesso a prontuários digitais, por computadores ou tablets, sendo acessados em qualquer área hospitalar e facilitando a rapidez no processo de atendimento.

Em um futuro ainda mais promissor, a biometria (seja por reconhecimento facial ou voz), permitirá o preenchimento dos dados do paciente cada vez mais rapidamente.

Mesmo com o avanço da medicina, pacientes ainda precisarão se submeter pela mesa de operações. Todavia, no hospital do futuro, os especialistas médicos terão como seus principais aliados os robôs, tornando os procedimentos mais precisos, menos dolorosos e cada vez mais eficazes.

Em seus diferentes formatos, funções e especialidades, eles estarão lá para cuidar de você. Cada vez mais leves e menores, a robótica na medicina vem sendo introduzida permitindo acesso a novas áreas do corpo humano, anteriormente, inexploradas pelo profissional médico.

A chamada cirurgia inteligente realiza manobras, capta imagens e é integrada com a inteligência artificial para ajudar o cirurgião a tratar o paciente com maior agilidade e precisão.

Após a cirurgia, o paciente é levado ao seu quarto para descansar e entrar em estado de observação pela equipe médica. A medicina atual ainda lida com erros dentro desta ala hospitalar, relacionados a acidentes de envio de pacientes para outras alas e complicações pós-operatórias.

Um ambiente repleto de sensores, câmeras e objetos inteligentes garantem os cuidados extras e estarão sempre alerta para auxiliar enfermeiros e equipes antes mesmo deles ocorrerem. A partir de leitos anti lesões, uma das próximas tendências para os hospitais do futuro, um sistema inteligente de reconhecimento de imagens conseguirá prever as chances de um acidente e antecipar-se quanto a um aviso.

Além disso, a interação ficará mais clara por meio de um assistente 24 horas, com transcrições de áudio, quarto adaptados com microfones e prioridades de chamado. Por fim, monitores poderão determinar o quadro dos pacientes, a higiene das equipes e prever a alta destes pacientes.